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neste vale de lágrimas e sonhos.


Diário Cyber Véio


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1 comentários:

  1. Adeus amigo Mário
    Pensamos em resolver as coisas de última hora quando amigos nos precedem na viagem. Hoje vou me despedir do irmão Mário Santoro Giulianetti. Um dos melhores.
    Acordo de manhãzinha com o telefone. Vejo escrito Leonardo no visor. Sonolento, pergunto: – Como está filho? Responde: – Mário nos deixou nesta madrugada. Não era meu filho. Nem ele disse ser seu pai quem partiu. Desnecessário. Éramos dois pais juntos em muitas jornadas e filhos que seguiram a trilha no trabalho, churrasco ou amizade. Ajudando-se frequentemente na sobrevivência e realização. Repartindo o pão nosso de cada dia ou de vez em quando. Famílias compartilhando abnegação e prazer.
    Você pode não resistir à pergunta de sempre. – Qual Mário? Pela última vez a infame resposta não virá. Digo simplesmente. – Um de meus melhores parceiros. Mais que isto. O cara que me precedeu nos maiores trabalhos. Entre os tantos que fizemos juntos. Agora se antecipa de novo, fazendo prospecção de oportunidades no Paraíso. De certo, quando chegar minha passagem encontrarei contatos feitos. Conversa reservada com Pedro. Dicas sobre Madalenas, pessoas chegadas, riscos e apoios. O dedoduro que pode atrapalhar. Quem fica sentado à mesa principal. Aquela mãozinha da Mãe do Dono. Quiçá conversa no pé do ouvido do Pai. Mas antes da reunião oficial, nada de pressa. Faremos passada de manhã pela praia, provando petiscos locais e à noite o melhor restaurante. Sem perder passeio e compras no shopicents. Nada de chegar adiantado. Nem pechincha. Precisam dos melhores. Afinal nos esperam. Com lugar reservado. Dependendo só de confirmar.
    Eram assim os negócios captados pelo amigo. Muitos relatados em meus livros, onde Mário, Seu Mário ou SuMário era personagem destacado na maioria dos causos. Não haveria lugar nenhum onde não tivesse contato, ainda que mero conhecido. Não haveria metodologia mais avançada que a nossa. Que Mário pouco compreendia. Mas jurava ser inovação mundial, competitiva com padrões internacionais. Com grande carência no mercado. Melhor ainda. Agora vai divulgar no céu.
    Assim foi na grande siderúrgica, onde implantou a idéia mais inovadora. Em sua casa onde no churrasco sobrava fartura e faltava organização. Depois foi para o Norte e Bahia. Nesta diz ter reaprendido a viver. No reencontro do velório nos trouxe grande contrato. Na praia da Boa Viagem antes da reunião do interesse do governador. Na empreitada com os mais aloprados profissionais de tecnologia no desafio pioneiro mundial com smart cards. Afinal com milhões de usuários/dia. Na corporação transnacional, onde o controller dizia que milhão de dólar era arredondamento. Acabou ficando de fora mas nossos filhos prosperaram. No sindicato que nos valeu bons negócios. Até ser recusado pedido de propina do Presidente. Na sociedade que durava até hoje mas onde o alemão Alzh já se intrometia para atrapalhar. Quem nunca tremera diante dos desafios já nem segurava bem as idéias, muito menos o copo de água, com mão vacilante. Agora nos antecipa em novos nichos exploratórios, quiçá no reino virtual.
    Inconformado com o fim desta vida e desconfiado da outra é por isso que me empenho em imortalizar lembranças no blog ou consciência em mentor autômato. Para que amigos, cidadãos, profissionais e estórias como do amigo Mário, jamais se apaguem da memória. Para que novas gerações compreendam que competência é importante. Mas amor é essencial.
    Nos encontraremos qualquer dia desses, além da nuvem.
    Até breve amigo.
    O Véio

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